Norma Veras Leite Ciarlini
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia.
Tudo passa, tudo sempre passará…
A vida vem em ondas como um mar, num indo e vindo infinito.
Tudo que se vê não é igual ao que a gente viu a um segundo.
Tudo muda o tempo todo no mundo.
(Lulu Santos e Nelson Motta).
Considerações Iniciais
A fenomenologia se estabelece enquanto o estudo do fenômeno, da experiência humana enquanto experimentados pelos atos da consciência. Seu domínio é ilimitado não podendo ser limitado a uma ciência. Teve início a partir de uma crise cultural, do conhecimento e da própria filosofia assim como um questionamento à metafísica e sua redução (Critelli, 1996). Fundamenta-se na compreensão das relações e não simplesmente na explicação causal. Um dos grandes autores desse pensamento é Husserl, que apresentou a fenomenologia fornecendo-lhe um novo significado tendo seu enfoque nos fenômenos, deixando de lado as relações casuais sofrendo influência, dentre outros, de Descartes e Platão. A filosofia, a mais fundamental das ciências, devia segundo o autor ficar livre de suposições. Para se pensar no mundo antes se faria necessário adentrar no campo da consciência não sendo possível à existência do fenômeno sem que se assegurassem os fatos da consciência. E para se compreender como suas idéias surgiram se faz necessário, mesmo que de forma breve, o panorama científico no qual se desenvolveu a fenomenologia, com Husserl, no final do século XIX e início do século atual.
Husserl desenvolveu suas idéias como forma de questionamento ao modelo positivista, passando do estudo da matemática a questões filosóficas, a partir do qual entrou em contato com o conhecimento proposto por Franz Brentano. A partir disso, Husserl buscou enfatizar a peculiaridade do objeto e apresenta a fenomenologia, como uma volta ao mundo da experiência, do vivido (Dartigues, 1992).
Após sua fundação por Husserl, a fenomenologia influenciou outros autores como os filósofos existencialistas como Heidegger, Sartre, Merleau-Ponty, também desenvolveram sua fonte fenomenológica. Além de filósofos como Jasper.
Após esta breve apresentação da fenomenologia e de alguns de seus representantes passarei a considerar o pensar em Husserl.
II-Fenomenologia Husserliana
A fenomenologia é um movimento que surge em oposição à forma de pensar e ser da metafísica que se centra na experiência intuitiva capaz de apreender o mundo exterior questionando a crença mantida pelo homem comum de que os objetos existiam independentemente de nós mesmos o que permite se visualizar outras maneiras de compreensão do homem, mundo, ser, verdade, etc. Tendo esta última o caráter de provisoriedade, mutabilidade e relatividade, radicalmente diferente do entendimento da metafísica que pressupõe uma verdade una, estável e absoluta.(CRITELLI, 1996). Neste sentido, pode ser vista enquanto uma postura ou atitude (um modo de compreender o mundo) e não uma teoria (modo de explicar).
Desse modo, a fenomenologia nasce com o intuito não de se constituir enquanto um método, mas como uma forma de se pensar o que seria a verdade além dos pressupostos científicos. E logo, para compreender o mundo fenomenologicamente há de se empreender certo jeito que é outro do jeito metafísico.
A fenomenologia tem ainda como princípio uma volta ao mundo da experiência, ao mundo vivido. Dessa maneira, voltada para a experiência, a fenomenologia possibilita olhar as coisas como se dão tendo como preocupação à descrição do fenômeno, ou seja, as coisas mesmas. E nesse contexto de se voltar às coisas mesmas para se obter à essência dos fenômenos coloca o sujeito e o mundo como dependentes um do outro, sendo o objeto do conhecimento o mundo enquanto vivenciado pelo sujeito o que traz a tona à noção de intencionalidade da consciência.
Segundo a consciência definida por Chauí (1996), uma atividade constituída por atos, com os quais ela visa algo. Os atos da consciência são noéses e o que é visado por ela são os nóemas.
Como essa análise recorre toda a esfera dinâmica do espírito, do nous, Husserl batizará com o nome de noése a atividade da consciência e com o nome de nóema o objetivo constituído por essa atividade, estendendo-se que se trata do mesmo campo de análise no qual a consciência aparece como se projetando para fora de si própria em direção a seu objeto e o objeto como se referindo sempre aos atos da consciência: “No sujeito há mais que o sujeito, entendamos: mais que o cogitatio ou noése; há o objeto mesmo mesmo enquanto visado, o cogitatum enquanto é puramente para o sujeito, isto é consituído por sua referência ao fluxo subjetivo da vivência 11” (Dartigues, p.19-20, 1992).
Nesse âmbito, pode-se dizer que foi deixado de lado o ego cogito cartesiano para, com Husserl adotar-se um ego cogito cogitatum,ou seja, penso sempre algo, situado no mundo. Ela só é consciência quando dirigida para um objeto, e o objeto só pode ser definido em relação com a consciência, ele é sempre objeto para um sujeito Dartigues (1992).
O princípio da intencionalidade é que a consciência é sempre “consciência de alguma coisa”, que ela só é consciência estando dirigida a um objeto (sentido de intentio). Por sua vez, o objeto só pode ser definido em sua relação à consciência, ele é sempre objeto-para-um-sujeito. (DARTIGUES, 1992, p.18).
E nesse âmbito a fenomenologia a consciência enquanto intencional fornece sentido ao mundo. Essa noção estabelece a relação entre sujeito e o objeto, pois só são compreendidos em relação. (DARTIGUES, 1992).
Consciência e objeto não são, com efeito, duas entidades separadas na natureza que se trataria, em seguida, de pôr em relação, mas consciência e objeto se definem respectivamente a partir dessa correlação que lhes é, de alguma maneira, co-original. Se a consciência é sempre “consciência de alguma coisa” e se o objeto é sempre “objeto para a consciência”, é impossível que se possa sair fora dessa correlação, já que, fora dela, não haveria nem consciência nem objeto. (Dartigues, 1992, p.19).
A partir disso para poder se compreender o fenômeno se faz necessário que se busque a descrição da experiência pelos sujeitos que a vivenciam. Uma palavra, uma definição não poderá dizer o que há a dizer. É necessário recorrer ao discurso, à descrição, para se ter à noção do significado do fenômeno humano (Rezende, 1990). E logo, a essência buscada pela fenomenologia não é somente enquanto uma definição, mas deve ser vista como uma significação, que deve ser descrita de maneira o mais natural possível a partir não do que é pensado e sim experienciado.
Assim, a idéia fundamental, básica, da fenomenologia, é como dito anteriormente a noção de intencionalidade da consciência que sempre está dirigida a um objeto. No entanto, por ser intencional, a consciência requer também a possibilidade de um objeto que seja independente dela, uma realidade objetiva, que se coloque no mesmo momento que ela, na intuição das essências, isto é, ao conteúdo inteligível e ideal dos fenômenos, captado de forma imediata. As essências (noema) são objetivadas pelos atos intencionais da consciência (noesis).
Falar de uma visão das essências não significará, pois devotar-se a uma contemplação mística que permitiria a alguns iniciados ver o que o comum dos mortais vê, mas ao contrário, ressaltar que o sentido de um fenômeno lhe é imanente e pode ser percebido, de alguma maneira por transparência. (Dartigues, p.14-15, 1992).
Nesse sentido, se pode falar que na emergência do novo que é vital aparece como algo estranho, mesmo que de certa maneira já o tivéssemos previsto. É algo que traz estranhamento e a partir dele podemos reconhecer suas partes, mas não o sentido completo.
Esta pode se traduzir pelas impressões que experimento ao escutar este ou aquele concerto, pela escritura desta ou aquela partitura, pela atividade do regente de orquestra ou dos músicos etc. Em cada caso, poderei dizer que se trata da “IX Sinfonia” e, contudo, esta não se reduz a nenhum desses casos, se bem que ela possa a cada vez se dar neles inteiramente. A essência da “ IX Sinfonia” persistiria mesmo se as partituras, orquestras e ouvintes viessem a desaparecer para sempre. Ela persistiria, não como uma realidade, como um fato, mas como pura possibilidade. (Dartigues, p.15,1992).
“Se todo fenômeno tem uma essência, o que traduzirá pela possibilidade de designá-lo, nomeá-lo, isso significa que não se pode reduzi-lo à sua única dimensão de fato, ao simples fato que ele tenha se produzido”. (Dartigues, p.15, 1992).
E para que se possa chegar à essência no método fenomenológico o “eu” fica suspenso, colocado entre parênteses, em um processo chamado de redução fenomenológica. O que foi aprendido e se encontra na consciência deve ser deixado de lado para que o fenômeno venha a ser compreendido. Para se compreender o que foi vivenciado por outra pessoa se faz necessário deixar seus valores, crenças de lado e tentar se colocar no lugar da outra pessoa, ou seja, é necessário para se compreender o que vivenciado por outra pessoa que se coloque em segundo plano suas crenças e se coloque no lugar dela, de como ela percebe o mundo.
E a redução, segundo Dartigues (1992), “é a colocação entre parênteses da realidade tal como a concebe o senso comum isto é, como existindo em si mesma, independente de todo o ato da consciência”. É assumir uma postura neutra frente ao mundo no sentido de refletir e questionar o mesmo, o que permite o surgimento do sentido.
A fenomenologia e a Abordagem Centrada no Cliente
A Abordagem Centrada no Cliente desenvolvida por Carl Rogers faz referência a uma forma específica de entrar em relação com outro, estando implícito um modo positivo de conceitualizar a pessoa humana que apresenta uma concepção de homem alicerçada nos princípios da corrente humanista e uma abordagem fenomenológica que privilegia a experiência subjetiva da pessoa, implicando que o conhecimento que se tem do outro surge a partir da compreensão do seu quadro de referências. Assim, o cliente tem a chave de sua recuperação, mas o terapeuta deve ter determinadas qualidades pessoais que ajudam o cliente a aprender como usar tais chaves, o que é trazido quando se afirma que o cliente ao se enfocar nas relações afetivas expressa na relação cria-se a possibilidade do cliente ir se percebendo e ser responsável pelo seu crescimento passando de um estado de pouca flexibilidade a outro mais dinâmico.
Estes poderes dentro do cliente tornar-se-ão efetivos se o terapeuta puder estabelecer com o cliente um relacionamento de aceitação e compreensão suficientemente caloroso. O psicoterapeuta trabalha com o fenômeno que se apresenta sem julgá-lo ou interpretá-lo, ou seja, o cliente que chega com sua história de vida, apresentando muito mais do que um sintoma apresenta a si da única forma possível para ela estar no mundo no momento. O psicoterapeuta presentifica esse estado para ela e busca a particularização do fenômeno colocado. O sintoma trazido é uma dentre outras maneiras do indivíduo estar experienciando a sua vida e envolve todo um contexto anterior de experiências que vão se modificando, ressignificando durante o decorrer do processo e da vida.
Assim, antes de o terapeuta ser qualquer coisa para o cliente, ele deve ser autêntico, genuíno, empático e não estar desempenhando um papel, especialmente o de um terapeuta, quando está com o cliente. Isto envolve a vontade de ser e expressar com as próprias palavras e comportamentos, os diversos sentimentos e atitudes que existem nele. Isto significa que se precisa, na medida do possível, perceber os próprios sentimentos, ao invés de apresentar uma fachada externa de uma atitude enquanto na verdade mantém se outra na qual o cliente possa experienciar a si mesmo. Segundo Morato (1987, p.40) admitindo para si mesmo a verdade da tendência atualizante, do significado do experienciar o conselheiro naturalmente estará propiciando um clima facilitador.
Existe em todo organismo, em qualquer um nível, em fluxo subjacente de movimento para uma realização construtora de suas potencialidades intrínsecas. Há no homem uma tendência natural para o desenvolvimento completo. O termo mais freqüentemente usado para isso é o de tendência de realização, que está presente em todos os organismos vivos. (Rogers, 1978, p. 17).
Considerando esses aspectos pode-se afirmar que o processo psicoterapêutico enfatiza a relação de ajuda onde tanto o cliente quanto o terapeuta estão dispostos a uma troca de experiências, em que terapeuta tem a intenção de promover no cliente o crescimento de seu desejo de autonomia, de viabilizar a possibilidade de escolhas que lhe proporcionem crescimento emocional, pessoal, social, tornando-se capaz de criar direções construtivas para seu dia a dia atuando como um facilitador no processo. Para tal finalidade o terapeuta precisará, não apenas auxiliar o cliente a receber ajuda e apoio, mas a desenvolver sustentáculos, que lhe servirão de base devendo o psicólogo ser capaz de manter uma aceitação positiva incondicional.
Assim, de acordo com (Gordon apud Morato 1987) aceitação poderia ser um ‘ ouvir ativamente’, estando o conselheiro consciente dos riscos de que o que é ouvido pode modificar suas atitudes, ou seja, a aceitação positiva incondicional permite à pessoa ser realmente o que é, não importando o que possa ser. E assim ao ser olhado positiva e incondicionalmente, o cliente sente-se interiormente valorizado, na sua liberdade, e volta a acreditar em si mesmo, possibilitando a expressão da tendência atualizante – a consciência de si próprio, e das escolhas pessoais.
Por fim, o desenvolvimento de uma relação de ajuda fundamentada nessas atitudes e habilidades de comunicação na qual se apresenta a abordagem centrada pautada muito mais em uma atitude do que em uma técnica busca possibilitar ao cliente autonomia crescente tornando-o apto a explorar e identificar o que se passa consigo mesmo, bem como capaz de buscar seu próprio rumo, com responsabilidade e confiança em si passando e a aceitar seus próprios limites e reconhecer suas potencialidades, a ter compreensão da sua realidade e a avaliar as possibilidades de solução para seus problemas. A presença facilitadora e empática do terapeuta e a condição para isso. A “contínua atenção ao mundo dos fenômenos do cliente”, permite ao terapeuta ver o mundo do cliente como este o vê, diz da percepção de que “o objeto é sempre um objeto-para-uma-consciência, ele não será jamais objeto em si, mas objeto-percebido” (Ribeiro, 1985 p.43). O fenômeno não pode e não deve ser considerado independentemente das experiências concretas de cada sujeito. Rogers, neste sentido, realiza uma “redução fenomenológica” ao encontrar-se com o cliente nele, com ele, através dele, intuindo tudo que ele é em si. O sucesso deste atendimento depende prioritariamente do encontro dialógico entre cliente e terapeuta.
Rogers não propõe técnicas para que se estabeleça uma relação de ajuda. Para ele, o contato do profissional de ajuda deve consistir num conjunto de concepções e atitudes relativas ao ser humano e não na aplicação de conhecimentos e habilidades; o conselheiro deve conduzir-se como pessoa e não como especialista. Seu modo de relacionar-se é fundamental no processo de crescimento. (MORATO, 1987, p.36).
O processo terapêutico assim se constitui enquanto um processo que respeita as características intimas do indivíduo o que se coloca no processo psicoterápico a partir do estabelecimento de uma relação interpessoal subjetiva. Acrescenta-se assim que, no processo psicoterapêutico, são necessários pré-requisitos para que a mudança possa a fim a ocorrer que se encontram interligados a disponibilidade de relacionar-se profundamente entre o terapeuta e o cliente embora respeitando os papéis específicos de cada um.
Dessa forma, o processo transcorre no momento em que há disposição de verbalização daquilo que está mais escondido e capacidade de aceitação sem pré-julgamentos de modo que o atendimento psicoterápico deve proporcionar ajuda ao processo de significar do cliente para que mesmo posteriormente possa se conhecer melhor e se integrar consigo mesmo podendo trilhar seu caminho por si.
E nesse contexto da escuta há de se falar da necessidade da habilidade do terapeuta, da empatia e estabelecimento de uma relação de ajuda bem como da possibilidade do mesmo estar disposto a ouvir o outro, o que significa entender lingüisticamente o que o cliente está trazendo, mas sim se dispor a ouvi-lo atravessando o significado das palavras, absorvendo seu sentido de modo a fazer com que aquilo que foi falado seja realmente ouvido e logo plenamente dito e logo o ouvir se coloca não simplesmente entrar em contato com o que a pessoa diz, mas com o quer a pessoa quer dizer, o sentido das palavras. Além da necessidade do terapeuta ouvir atentamente o que está sendo dito ele deve também ter uma escuta seletiva para enxergar a problemática do cliente de forma a obter um bom diagnóstico, um prognóstico e indicação terapêutica, contudo, vale frisar que a avaliação inicial não deverá servir como um rótulo, mas antes de qualquer coisa como uma reflexão em torno da problemática do indivíduo.
Com relação ao contrato pode-se dizer que o mesmo envolve o aceite de ambas as partes de que algo será feito para melhorar a situação do cliente, delimitando o processo, o campo, o espaço, a relação e os honorários. É a primeira intervenção feita pelo terapeuta e um marco de referência para ambos: terapeuta e cliente. O contrato terapêutico existe em todas as formas de atendimento psicológico, em qualquer abordagem, explicitando as condições mínimas para o início do tratamento que envolve local, horário e forma de pagamento, este último se colocando como uma forma da relação interpessoal não se colocar enquanto uma relação amorosa e logo a psicoterapia tem que ter um valor para que também seja valorizada pelo cliente.
A segunda fase ou fase do trabalho se configura como fase do processo em si. Nessa fase se desenvolvem as interações psicológicas de maneira a fortalecer no cliente sua capacidade de autogerenciamento, permitindo-lhe tomar para si o rumo da própria vida. Isso se dá através do aprofundamento de sua autopercepção e, por conseqüência, a compreensão de seu próprio funcionamento e dos fatos de sua vida. Entretanto, isso leva tempo devido às resistências se colocam pelo caminho e faz com que seja necessário ao psicoterapeuta fornecer segurança ao cliente sem cair no extremo e assim, cabe ao cliente trabalhar sua problemática até esgota-la, sendo necessário para que isso aconteça o estabelecimento da relação terapeuta-cliente onde ambos se influenciam o que se faz necessário se o psicoterapeuta vise tocar o centro dinâmico do indivíduo. O cliente dirige a sessão, o terapeuta apenas conduz, ou seja, o poder de mudança está no próprio cliente e o terapeuta será apenas um agente facilitador desse processo.
Nesse sentido, falar em atendimento psicoterápico significa encontrar um modo de estar ao lado do cliente, buscar uma compreensão de seu universo, esclarecer o seu mundo, as suas dificuldades, reconhecer com ele os modos habituais, as estratégias conhecidas, cartografar o processo, o que não dá mais conta dos acontecimentos, o que está em vias de surgir, as transições em andamento e ajudá-lo a buscar novos modos de viver, criando novas experiências, gerenciando formas, matrizes de novos comportamentos estando atento para a fala do mesmo de modo à “ouvir de verdade” podendo assim entrar em contato com o mundo da pessoa sendo capaz de estabelecer com a mesma uma relação de modo a se colocar no lugar do cliente e se influenciarem mutuamente.
[...] O ouvir verdadeiro tem que levar em conta o contexto da relação e o estilo próprio da pessoa. Ouvir então não será simplesmente entrar em contato com o quer dizer através de todo esse modo próprio de dizer nesse momento e nessa situação. E isso pode não ser igual ao mero significado das palavras (Amatuzzi, 2001, p. 69).
Referências:
Amatuzzi, M.M. (2001). Por uma psicologia humana. Campinas, SP: Editora Alínea.
Chauí, M. (1996). Convite à filosofia. São Paulo: Ática.
Critelli, M.D. (1996). A Respeito da Fenomenologia, Analítica do Sentido. (pp.11-24). São Paulo: Educ/ Brasiliense.
Dartigues, A. (1992). O que é a fenomenologia? (pp.7-28). São Paulo: Ed Moraes.
Morato, H.T.P. (1987) Abordagem centrada na pessoa: teoria ou atitude na relação de ajuda? In L.R. Rosenberg (Org.), Aconselhamento psicológico centrado na pessoa. (p.24-44). São Paulo: EPU.
Rezende, A.M. (1990). Concepção Fenomenológica da Educação. São Paulo: Cortez.
Rogers, C. R. Grupos de Encontro.(1978). São Paulo: Martins Fontes.
Ribeiro, J. P. Gestalt-Terapia: Refazendo um Caminho. (1985). São Paulo: Summus Editorial.