Eduardo Bandeira
Foto extraída do site www.projetocafefilosofico.hpg.com.br
Eduardo Bandeira (à direita) com seu amigo e também psicólogo Cláudio Bérgamo
durante o Projeto Café Filosófico (SP) em 2001.
EDUARDO P. BANDEIRA
(Texto de Marcos Alberto da Silva Pinto – DEZEMBRO DE 2002)
Eduardo Bandeira nasceu em 9 de Novembro de 1942 no Rio de Janeiro na Rua Miguel Lemos em Copacabana, onde também foi criado e teve a oportunidade desde cedo de conhecer pessoas como Nélson Rodrigues, João Saldanha e o Professor José da Silveira Pontual.
Aos 15 anos perdeu o seu pai em um acidente de avião, fato que marcou muito a sua vida.
Formou-se Químico Industrial, tendo trabalhado na profissão por alguns anos em São Paulo.
Influenciado por estudos de Filosofia com o Professor Humberto Rodhen onde conheceu o Yôga, o Budismo e a Meditação, aos 27 anos, resolveu dar uma nova direção em sua vida iniciando os estudos em Psicologia na Universidade Gama Filho no Rio de Janeiro, onde estudou até o quarto ano, quando resolveu trancar sua matrícula depois de uma série de insatisfações com o curso e a forma de ensino.
Neste mesmo período, durante um retiro de meditação dirigido por monges do Ceilão, viu uma psicóloga lendo um livro de Carl Rogers que despertou o seu interesse. Logo fundou um Centro de Estudos onde procurava integrar Yôga, arte, meditação e psicologia; ministrando cursos de introdução ao pensamento de Carl Rogers e Jung. Durante os cursos que ministrava, Bandeira recebia regularmente pedidos para que promovesse Grupos de Encontro. Como não se sentia capacitado por não possuir experiência, resolveu procurar o Professor Rogério Buys, que mesmo não tendo formação (que não existia no Brasil), realizava alguns grupos com alunos. Com um crescente interesse na ACP, conseguiu por intermédio da Professora Ruth Sheeffer o telefone da residência de Rogers, entrando em contato com ele e solicitando sua inclusão no Programa para Formação de Facilitadores de Grupo (La Jolla Program) desenvolvido pelo Center For Studies of the Person, na Universidade da Califórnia. Acolhido por Carl Rogers, viajou e fez o treinamento em 1972 tornando-se amigo dentre outros, de John Wood, Alberto Segrera e Maria Constança Bowen, além do próprio Rogers.
Após algumas tentativas frustradas, finalmente conseguiu convencer Rogers a vir ao Brasil realizar um projeto elaborado por ele com o auxílio de Maria Constança Bowen (o próprio Rogers conta esta história no livro “Um jeito de Ser”). Finalmente, organizou em janeiro de 1977 a vinda de Rogers e seu staff ao Brasil, onde realizara uma série de eventos em São Paulo, Recife e Rio de Janeiro, dentre eles o grande workshop de Aldeia de Arcozelo no RJ. Coordenou também a segunda vinda de Rogers e seu staff ao Brasil em 1978.
Após este período, Bandeira mudou-se para Maceió onde trabalhou em um Hospital Psiquiátrico, procurando implantar um enfoque de ajuda centrado na pessoa.
Promoveu em Londres o histórico encontro entre Carl Rogers e Ronald Laing.
A partir daí resolveu se afastar da psicologia dedicando-se a cuidar de si, conviver com a natureza e criar cavalos e cachorros.
Há seis anos decidiu concluir o último ano de Psicologia em Santos (SP), onde reside atualmente. Foi professor nesta mesma cidade de Pós Graduação em Aconselhamento Psicológico na Faculdade Santa Cecília.
Junto com seu amigo Cláudio Bérgamo promove eventos e debates no Centro Cultural Aúthus Pagano (SP) e em teatros no projeto criado por eles denominado “Café Filosófico”, aberto ao público interessado em filosofia, psicologia, arte e outras áreas relativas ao “conhecimento”.
Atualmente ministra cursos de Filosofia, Mitologia e Psicologia (Rogers e Jung) no Centro de Estudos de Filosofia e Yôga que possui com sua mulher a filósofa Araci Araújo, além de manter o seu trabalho em consultório como psicoterapeuta.