Sônia Maria Lima de Gusmão
*Texto escrito em 1990.
INTRODUÇÃO
Neste texto, reflito sobre algumas das possíveis causas sociais e pessoais relativas à situação de descontentamento e de infelicidade vividas pelo ser humano. Considero que a felicidade não é um objetivo em si mesma, sendo decorrente da atualização de potencialidades do indivíduo – do seu viver pleno. Baseio-me na minha experiência, como psicóloga e como-ser-no-mundo, e em autores como Carl Rogers, e Paul Tillich. Concluo que as adversidades são tantas que é necessário ousar para se atingi-la.
Creio que não precisamos ir muito além no passeio de nossas lembranças, ou das nossas histórias, para percebermos que no contexto familiar e social, num sentido mais amplo, o que predominava era o puritanismo hipócrita. Valores como a virgindade e a obediência cega aos pais, à igreja e aos mestres, por exemplo, faziam parte do nosso cotidiano, cerceando a expressão do nosso verdadeiro ser.
Parece evidente que tais valores, aos poucos, foram se transformando. Atualmente nos deparamos com a antítese desses valores. O que antes era contido ou represado no seio dos indivíduos se transmuta na busca, muitas vezes desenfreada, do prazer e da diversão como metas de vida. Os adolescentes, sobretudo, parecem perdidos nessa busca. Observo que a liberação sexual, por exemplo, tal como tem sido experienciada pelos jovens, tem acarretado dificuldades de ordem prática e psicológica, constatadas no nosso dia-a-dia e no consultório psicológico. Quando o esquema antigo já não satisfaz, passa-se um período perdido na busca do novo, até que, finalmente, atingi-se o equilíbrio da síntese.
Alienados do seu próprio ser, muitos desses jovens colocam o prazer como objetivo de suas vidas, o que os afasta ainda mais da felicidade, pois a felicidade não sendo um fim em si mesma, torna inglória essa busca.
O indivíduo sente-se alegre quando ele se realiza naquilo que faz, mesmo que esse fazer acarrete, algumas vezes, em risco à própria vida, como podemos observar nos depoimentos de pessoas que se arriscaram para salvar a vida de outras, às vezes desconhecidas.
Em momentos cruciais, a terapia tem sido buscada como uma tábua de salvação contra o estado de descontentamento e de infelicidade em que se encontra o indivíduo. Todavia, promover o crescimento e o desenvolvimento do potencial humano é um processo demorado, que requer daquele que busca, coragem, investimento pessoal e a vivência consciente da experiência presente.
Viver a experiência presente – aqui e agora – implica lutar contra os condicionamentos sociais que nos impuseram a vida toda. Implica ousadia e abertura para enfrentar os próprios fantasmas, além das adversidades próprias do contexto em que se está inserido.
A ORIGEM DO MEDO DE SER FELIZ
“Vejo os homens se diferenciarem pelas classes sociais e sei que nada as as justifica a não ser pela violência. Sonho ser acessível e desejável para todos uma vida simples e natural de corpo e de espírito”.
Ao refletir sobre a origem do medo de ser feliz, considero importante observarmos que indivíduo e sociedade são faces da mesma moeda: um não existe sem o outro. Por outro lado, o indivíduo está contido na sociedade, assim como a sociedade está contida no indivíduo, através da sua internalização. Falar do indivíduo, portanto, é falar do social e vice-versa.
Na minha percepção, nossa sociedade, tal como está estruturada, tem contribuído de forma decisiva para o estado de alienação e de infelicidade em que se encontra o homem. Alguns fatores parecem se destacar:
1º – Seu aspecto competitivo. Valoriza-se a performance individual, em detrimento do sentido de equipe e de solidariedade que deveriam prevalecer nas relações humanas, o que tem gerado frustrações e ansiedades.
2º – A escalada consumista que a caracteriza. Com a ajuda da propaganda, deforma-se a realidade e invertem-se os valores. Os indivíduos são valorizados pelo que possuem e não pelo que são, fomentando-se, assim, desejos insensatos e não naturais, que têm colaborado para a manutenção da insatisfação.
3º – Seu caráter repressor e hipócrita, dificultando, assim, a expressão do verdadeiro ser das pessoas, transformando-as em seres alienados de si mesmo e do mundo, e como tal, infelizes, não-realizados e medrosos.
4º – O jogo de poder presente nas relações, fazendo de alguns os opressores e de outros os oprimidos (Noutras circunstâncias, o oprimido, não conscientizado, pode vir a se transformar no opressor, cerceando igualmente possibilidades de expansão de outro ou de outros, numa ação própria daqueles que usam o poder para subjugar seres humanos).
É evidente que, numa sociedade competitiva e opressora, como é a nossa, o indivíduo tende a se tornar um ser vazio e infeliz, pois, quanto mais ele se enquadra, em busca de reconhecimento social, mais anula a expressão do seu verdadeiro ser.
Ao se identificar com seus títulos, seus cargos ou suas propriedades, o homem “civilizado”, se distancia cada vez mais da sua realidade: daquilo que dá sentido à sua vida e que faz dele um ser pleno. É como se ele corrompesse o que de mais essencial existe em si mesmo na busca de um certo status que, acredita, lhe “garantirá” ou lhe dará a condição para ser reconhecido e valorizado socialmente.
Seu organismo 3 , em contrapartida, cobra caro o fato dele ter negado seus próprios valores humanos. Assim, ele vai se tornando uma pessoa ansiosa e infeliz, sem objetivos pessoais que dignifiquem a sua vida. Vai se tornando amargo e negativista. Seu potencial se perde, sem expressão, no emaranhado de uma sociedade opressora que tem lhe proporcionado poucas possibilidades de se realizar, de ser feliz.
O homem, em sua grande maioria, já não consegue mais se envolver e sentir prazer com aquilo que produz porque o seu trabalho e a sua produção estão dissociados da sua realidade existencial – daquilo que enriquece e dá significado a sua vida. Isto sem contar com a exploração a que muitas vezes é submetido ou a falta de oportunidade para exercer sua capacidade produtiva, em decorrência da recessão.
Sandor Rado 4 afirma que o prazer “é laço que une”. Realmente, somente uma pessoa ligada a si, à realidade, aos outros e ao trabalho, de uma maneira íntegra, não dividida, poderá sentir o prazer, a felicidade.
A situação chegou a um nível tal que os indivíduos parecem não saber mais se divertir. O entretenimento é buscado como uma forma de fugir dos seus problemas. Daí a inclusão do álcool e das drogas cada vez mais presentes nas diversões dos adultos. É preciso ficar “alto” ou “viajar”para fugir do tédio e do vazio experimentados.
Na opinião de Schutz 5, se a sociedade é repressiva, ele ( o homem ) não pode mais se desenvolver inteiramente. Se as instituições sociais são destrutivas, ele não pode crescer. Se a vida em família é constrangedora, o trabalho desumano, as leis humilhantes, as normas intoleráveis, se o fanatismo e o preconceito são as bases da atuação humana, então nosso homem plenamente realizado está em situação muito difícil. O prazer ao nível da organização surge quando uma sociedade e cultura são sustentadas e incrementadas para a auto-realização.(…) O prazer surge quando alguém realiza seu potencial para o sentimento, para a liberdade e abertura internas, para a expressão total de si mesmo, para poder fazer tudo que é capaz, e para estabelecer relações satisfatórias com os outros e com a sociedade.
Para Paul Tillich, “a coragem da sabedoria” é conflitada por medos e desejos que a sociedade coloca como máscaras assustadoras em todos os homens e coisas. Tirando-as, suas verdadeiras fisionomias são reveladas, desaparecendo o medo que elas causam 6.
Na sua apreciação, ele faz referências aos estóicos, filósofos que desenvolveram uma profunda doutrina da ansiedade, e cita os seguintes trechos de Sêneca e Epícteto, respectivamente: “nada é terrível nas coisas, exceto o medo”, “porque não é a morte, ou a privação, que é uma coisa terrível, mas o medo da morte e da privação”7.
Realmente. Se considerarmos a morte, observamos que morremos um pouco a cada instante. A morte, como momento final, apenas completa esse processo. Os horrores relacionados a ela desaparecem, uma vez que se retira a máscara da imagem da morte.
Analogamente, podemos supor que os medos introjetados podem conduzir os indivíduos a uma situação de não enfrentamento, impedindo assim, suas possibilidades de realização e conseqüentemente, de ser feliz. Quando se ousa, num processo de enfrentamento, percebe-se que a situação opressora é menor do que nos fizeram acreditar. O pai, o patrão, a igreja, o governo ou outro qualquer é redimensionado.
Evidentemente, que num contexto mais amplo, como o social, é necessário que o combate à situação opressora seja feita em união com outros, igualmente oprimidos.
Mas, não podemos nos esquecer de que a ação opressora se dá de modo diferente, de acordo com o contexto sócio-econômico do indivíduo.
Além disso, a mesma situação opressora é vivenciada de maneira particular por cada pessoa de uma mesma classe social. Sendo assim, o seu comportamento frente à opressão será conformista ou de confronto e de luta, de acordo com a sua percepção, que, por sua vez, é influenciada por fatores bio-psíquico, históricos e sócio-culturais.
AUTO-REALIZAÇÃO: A EXPRESSÃO DA FELICIDADE
Em minha experiência, como terapeuta de adultos, tenho constatado o quanto tem sido efêmera a vivência da felicidade e o quanto têm-se que ousar para experiencia-la.
Freqüentemente, tenho ouvido expressões que a coloca como algo inatingível ou expressões que parecem conter em si um medo de ser feliz. Se assim for, como se explica o fato de sentirmos medo de algo que é sinônimo de contentamento e prazer? Ou, ainda, tendo em vista que o medo é um sentimento de inquietação e de apreensão diante de um perigo real ou imaginário, que perigo pode existir no ato de ser feliz?
Percebo no adulto, infelizmente com relativa freqüência, um ar entediado diante das coisas. Sua alegria parece ter se esgotado ou se deformado, envolvida por culpas e medos. Em alguns sua ausência chega a ser crônica. Seu envolvimento consigo mesmo e com os outros é tolhido. Realizam suas tarefas sem prazer, como autômatos. São conduzidos, não se autodeterminam. Não vivem, debatem-se entre culpas e medos, e apenas conseguem passar pela vida sem nunca tê-la vivido de fato.
Tal constatação difere, radicalmente, daquela que temos ao observarmos uma criancinha de poucos meses, cujas necessidades básicas tenham sido supridas. Ela se realiza ao explorar o ambiente. Seu envolvimento com o brinquedo é total. A curiosidade e a alegria soam como sinônimos de felicidade. A espontaneidade é a tônica do seu comportamento. O adulto que consegue manter a curiosidade, a espontaneidade e a alegria é, comumente, comparado a uma criança, quando não é considerado infantil, no sentido pejorativo.
O contraste observado, entre essas duas etapas da vida humana nos sugere, em alguns casos, uma certa patologia. Talvez pudéssemos chamá-la de síndrome da não-realização pessoal. Pois ao longo do seu processo de aculturação, o indivíduo é, muitas vezes, obrigado a mentir a si mesmo e a adotar, como sendo seus, valores de pessoas que lhe são significativas ou da cultura em que está inserido; reprimindo, assim, aspectos pessoais importantes, quando não a própria tendência autorealizadora, o que o torna triste e apático. A necessidade universal de atenção e de consideração lhe é suprida de modo condicional, obrigando-o a pagar um preço muito alto por essa “mordomia afetiva”: a anulação de si mesmo, quase sempre.
A realização do potencial humano parece ser a condição para uma sociedade mais criativa e feliz.
Mas, os governantes, de um modo geral, são arrogantes e desconsideram a necessidade de expressão dos indivíduos. Os depoimentos de Alexei Matushkin e Irina 8 exemplificam esse fato.
Eles relatam que o homem russo, após a revolução, sofreu um processo de “massificação” violento, perdendo sua identidade pessoal. Ele já não sabia o que era bom para si, guiando-se tão somente pelo partido. Deixou de crescer como pessoa para tornar-se uma peça da Revolução. Tornou-se desconfiado, infeliz e coletivizado.
Com a Perestróika, o governo tenta resgatar a verdadeira identidade do homem russo, através de sua realização pessoal. A psicologia humanista é valorizada. Mas, o homem sofrido, caminha lenta e desconfiadamente.
Na maioria das sociedades, para realizar o seu potencial, o indivíduo se vê diante de barreiras que surgem de toda parte, bloqueando a concretização do que ele poderá vir-a-ser. Autoritarismo, preconceito, descaso e miséria são os mais comuns. Diante de tantas adversidades, para fluir de maneira plena, é necessário muita coragem.
A afirmação do ser essencial de alguém (diz Tillich) a despeito de desejos e ansiedades, cria a alegria. (…) A alegria acompanha a auto-afirmação de nosso ser essencial, a despeito das inibições provocadas em nós pelos elementos acidentais. A alegria é a expressão emocional do corajoso. Sim ao verdadeiro ser próprio de uma pessoa. Essa combinação de coragem e alegria mostra mais claramente o caráter ontológico da coragem. Se a coragem é interpretada sozinha em termos éticos, sua relação com a alegria da auto-realização permanece escondida. No ato ontológico da auto-afirmação do ser essencial de uma pessoa coragem e alegria coincidem 9.
É importante, ainda, que o homem se autoconheça, goste de si próprio e aprenda a usar a si mesmo de um modo que lhe proporcione satisfação e realização.
A totalidade do ser precisa ser contemplada para o desenvolvimento pleno de suas possibilidades. As diversas dimensões do seu ser bio-psico-sócio-cultural necessitam ser consideradas igualmente.
Por preconceito, o aspecto espiritual da dimensão cultural não tem sido considerado adequadamente. A Psicologia Transpessoal, um moderno ramo da Psicologia, procura resgatar essa realidade, através de aprofundadas pesquisas.
Rogers, corrobora esse posicionamento, ao relatar sua experiência; experiência, aliás, que vem sendo confirmada por inúmeros psicólogos:
Percebo que quando estou o mais próximo possível do meu eu interior, intuitivo, quando estou, talvez, num estado ligeiramente alterado, então tudo o que faço parece ter propriedades curativas. Nestas ocasiões, a minha presença, simplesmente, libera e ajuda os outros. (…) Parece que o meu espírito alcançou e tocou o espírito do outro. Nossa relação transcende a si mesma e se torna parte de algo maior. Então ocorrem uma capacidade de cura, uma energia e um crescimento profundo 10.
O Corpo precisa estar livre de bloqueios para que a energia possa fluir livremente, dando ao homem melhor condição de usufruir o prazer plenamente. Sua sensibilidade, seu senso ético e estético, seu raciocínio lógico e o seu potencial criativo devem ser estimulados, conduzindo-o à realização. Precisa aprender a se relacionar com as outras pessoas de uma maneira satisfatória. “Como a nossa cultura é comunitária, isso significa que deve atuar de modo a que a integração humana seja compensadora para todos nela envolvidos.” 11
Além disso, para viver plenamente, o homem precisa ser honesto e aberto à experiência. Qualidades que são cada vez mais raras. Ser honesto consigo mesmo e com os outros. Agir sem ambigüidades é difícil e arriscado, mais enormemente compensador. Pois, “a integridade aprofunda e enriquece os relacionamentos, dando origem a sentimentos de intimidade e calor humano, raros na maior parte de nossas experiências.” 12
Mas, para tanto, é necessário que suas necessidades básicas sejam supridas. Que ele possa exercer sua capacidade produtiva de uma maneira digna e satisfatória. Que ele não seja cerceado, humilhado e explorado de maneira desumana por aqueles que detêm o poder e que só se sentem poderosos usando esse poder sobre as outras pessoas.
É imprescindível a realização do potencial humano, se quisermos uma sociedade harmônica e criativa, coesa e solidária.
CONCLUSÃO
O espaço social é também o espaço da união dos indivíduos. A fala autêntica só será proferida por cidadãos livres, que tenham garantidas, neste espaço, suas falas individuais – expressão verdadeira das suas idéias, dos seus sonhos, do seu pensar discordante e dos seus sentimentos.
A sociedade não tem contribuído muito para a realização do potencial humano. Assim sendo, as oportunidades de crescimento pessoal e social têm que ser conquistadas. A construção de si mesmo e de uma sociedade mais justa, humana e facilitadora do crescimento de seus cidadãos, requer coragem. Somente assim o mundo poderá vir a ser como no sonho idealista de Rogers:
Este mundo será mais humano e humanitário. Explorará e desenvolverá as riquezas e capacidades da mente e do espírito humanos. Produzirá indivíduos que serão mais integrados e plenos. Será um mundo que valorizará a pessoa individual, o maior de nossos recursos. Será um mundo mais natural, com um renovado amor e respeito pela natureza, desenvolvendo uma ciência mais complexa e humana, baseada em conceitos novos e menos rígidos. Sua tecnologia objetivará o engrandecimento das pessoas, ao invés da exploração delas e da natureza. Liberará a criatividade, à medida que os indivíduos sentirem o seu poder, suas capacidades, sua liberdade.
Os fortes ventos da mudança científica, social e cultural estão soprando fortemente. As enormes perturbações da sociedade moderna forçarão uma transformação para uma ordem nova e mais coerente. E nessa ordem parece crescer uma nova visão do mundo, a relação, um renovado amor pela natureza e por cada pessoa, uma compreensão da unidade espiritual do universo. Deve ser um mundo mais humano, com mais lugar para indivíduos que são integrados e totais. Esta é, pelo menos, minha entusiasmada esperança 13.
Mas, não devemos nos esquecer que os sonhos só serão transformados em realidades com ousadia. E que ousar significa correr riscos, significa estar entre duas possibilidades: a do sucesso e a do insucesso. Como bem ilustra Perls, com a sua experiência de vida:
Um dos momentos mais importantes da minha vida foi depois de ter escapado da Alemanha, quando havia um lugar disponível para um analista de treinamento na África do Sul, e Ernest Jones queria saber quem queria ir. Éramos quatro: três queriam garantias. Eu disse que correria o risco. Todos os outros três foram apanhados pelos nazistas. Eu corri o risco e ainda estou vivo 14.
Correr riscos não nos dá garantias, mas é a única forma de nos sentirmos vivos, livres e talvez felizes.
NOTAS FINAIS
1. “Aula da Saudade, ministrada aos concluintes dos Cursos de Licenciatura e Graduação em Psicologia da UFPB, em 06.04.1990, apresentado, posteriormente, no IV Encontro Nordestino da Abordagem Centrada na Pessoa, em Caucáia, no Ceará. As Críticas e sugestões deverão ser encaminhadas ao seguinte endereço eletrônico: sonia@netwaybbs.com.br
2. Professora-adjunta do Departamento de Psicologia da UFPB, membro-fundador do Núcleo de Estudos da Abordagem Centrada na Pessoa – PB, sócia-fundadora da Associação Nordestina de Psicologia Humanista Existencial, sediada em Recife.
3. Organismo, neste contexto, refere-se a totalidade do ser nas suas diversas dimensões: bio-psico-sócio-cultural.
4. Citado por Lowen, 1984, p.17.
5. Schutz, 1974, p. 19.
6. Nossos desejos incontrolados (diz Tillich )é que criam máscaras e as colocam em homens e coisas. A teoria freudiana da libido é antecipada por Sêneca, porém num contexto m ais amplo. Ele distingue entre desejos naturais, que são limitados, e aqueles que brotam de falsas opiniões e são ilimitados. Desejo como tal é ilimitado. Em naturezas não distorcidas é limitado por necessidades objetivas e é, portanto, capaz de satisfação. Porém a imaginação distorcida do homem transcende as necessidades objetivas (“Quando perdido – seus desvios são ilimitados”) e com elas nenhuma satisfação possível. E isto, não desejo como tal, produz uma ‘tendência insensata (inculta) para a morte (Tillich, 1972, p.11).
7. Cf. Tillich, 1972, p. 10 e 11.
8. Casal de psicólogos russos, que participaram do IV Fórum Internacional da Abordagem Centrada na Pessoa, realizado no Rio de Janeiro, em agosto de 1989. Ele era, na ocasião, o diretor do Institute of General and Educational Psychology da Universidade de Moscou, e ela, a sua assistente.
9. Tillich, op. cit., p. 11.
10. Rogers, 1983, p.47.
11. Schutz, op. cit., p. 17.
12. Ídem, ibdem, p. 10.
13. Rogers, 1983, p. 19. Cf. Tillich, 1972, p. 10 e 11.
14. Perls, 1977, 2ª ed., p.
BIBLIOGRAFIA
Lowen, Alexander, Prazer, Summus Editorial, São Paulo, 1984.
Perls, Frederick S., Gestalt-terapia Explicada, Summus Editorial, São Paulo, 1977, 2ª edição.
Rogers, Carl R., Um jeito de Ser, EPU, São Paulo, 1983a
Rogers Carl, Em Busca de Vida, Summus Editorial, São Paulo, 1983b.
Schutz, William C., O Prazer, Imago, Rio de Janeiro, 1974.
Tillich, Paul, A Coragem de Ser, Paz e Terra, RJ, 1972, 2ª edição.